Retomando o estatuto editorial do novo “Notícias BAD” e a epígrafe que o encima, há alguns aspectos nele consignados que devem merecer a atenção dos nossos associados.
Escrevia Jorge Peixoto, uma das mais importantes figuras da biblioteconomia portuguesa, fundador da BAD, combatente de 1ª linha, mesmo em tempos difíceis, na defesa dos nossos interesses e hoje tão esquecido, que o boletim devia ser um poderoso elo entre todos os que trabalham no sector.
O nosso estatuto editorial reflecte e desenvolve essa ideal, aponta objectivos a atingir e indica o modo como tal pode ser concretizado.
Mas, mais do que uma solene declaração de intenções, o estatuto editorial, lança desafios veementes a todos quantos acreditam que a BAD é necessária às nossas vidas, à nossa actividade profissional.
A situação que a BAD hoje vive é, como repetidamente temos dito, extremamente grave, reflecte à nossa escala o que se passa no país, em que também a nossa actividade profissional e a das instituições para quem trabalhamos são o espelho de uma realidade dolorosa.
O CDN, os outros órgãos directivos, as delegações regionais não podem, por si sós, resolver o terrível momento por que passamos.
Precisamos de apoio, incentivos, participação, solidariedade.
A colaboração no “Notícias” será um sinal que os associados nos poderão dar relativamente à sua disponibilidade e interesse em ajudar a salvar esta associação cuja sobrevivência se encontra tão ameaçada.
Precisamos de notícias, informações, comentários, reflexões, notas de leitura, textos diversos que nos permitam sentir o pulsar desta associação e dos profissionais e instituições que a integram, que transmitam o que se passa neste nosso mundo da informação em constante mutação.
Estamos entretanto a convidar alguns cronistas credenciados que nos permitam dar maior qualidade e diversidade aos nossos conteúdos, mas antes de mais este boletim é dos associados da BAD, dos profissionais desta área.
É deles que esperamos colaboração, comunicação, funcionamento em rede.
Não devemos ter medo de escrever, de expressar as nossas ideias, de emitir as nossas opiniões.
Regresso ao editorial de Jorge Peixoto, escrito em 1975: o futuro está de novo em grande parte nas nossas mãos e há que o criar numa perspectiva rasgada e ampla como os horizontes em que nos movimentamos assim o proclamam.
Se a resposta for a que esperamos de todos vós, então poderemos também subscrever as palavras com que J. Peixoto terminava o seu texto: isto tudo, porém, dá-nos mais forças para continuar e procurar sempre mais e melhor – não renunciaremos!
Só assim VAI VALER A PENA.
Henrique Barreto Nunes