O caminho para a defesa
intransigente e para o fortalecimento da nossa profissão
passa por nos juntarmos

RITA ALEIXO
Rita Aleixo
Rita Aleixo

Há quanto tempo é associada da BAD?
Sou associada da BAD desde janeiro de 2023, uma resolução de ano novo.

Em três adjetivos, como tem sido esta “relação “?
Esta relação, recente como associada mas um pouco mais longa enquanto profissional, tem sido generosa, estimulante e desafiante.

Numa frase, como convenceria alguém a associar-se à BAD?
Diria que devemos tomar nas nossas mãos os caminhos da profissão, e isso só é possível com união, com a colaboração entre profissionais, e com a discussão aprofundada das questões que nos preocupam. Na vida e na profissão, gosto muito da ideia de José Gomes Ferreira de sermos “unidos como os dedos da mão”.

Como associada, o que a BAD ainda não tem para lhe oferecer? 
Creio que seria importante que a BAD considerasse a criação de um gabinete jurídico, que possibilitasse aos associados terem apoio na resolução de questões laborais complexas, e que demonstrasse a defesa activa dos interesses dos associados. Gostaria ainda que existisse um espaço de discussão para novos profissionais, onde pudessem ser trocadas ideias sobre as dificuldades e os obstáculos com que se deparam os profissionais que iniciam a sua actividade nesta área, e onde encontrariam associados com mais experiência, numa partilha generosa de percursos e histórias da profissão. 

Que mensagem gostaria de deixar aos novos profissionais relativamente ao associativismo?
O caminho para a defesa intransigente e para o fortalecimento da nossa profissão passa por nos juntarmos, e isso só será possível se construirmos uma Associação forte, de viva voz, atenta às preocupações mais urgentes dos profissionais da informação, e simultaneamente alerta, de olhos abertos para o futuro. A nova geração de profissionais deve mobilizar-se e posicionar-se agora, na continuação do trabalho de uma Associação inclusiva e atenta, enfrentando com atitude crítica as diferentes realidades no terreno e as nuvens que vão surgindo no horizonte. 

Nota Biográfica

Nasceu em 1991, natural de Alverca do Ribatejo. Licenciada em Línguas, Literaturas e Culturas, major em Estudos Ingleses, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Pós-graduada em Ciências da Documentação e da Informação – variante Biblioteconomia, pela mesma universidade. Fez Erasmus na Université Rennes 2.
Em 2015, estagiou na Biblioteca Histórica da Academia Nacional de Belas Artes, onde trabalhou no projecto de catalogação do fundo antigo da Biblioteca, até ao início de 2017. Desse projecto surgiu o artigo Livros dos Conventos Extintos : A escolha da Academia de Belas Artes de Lisboa, presente no Catálogo da Biblioteca Histórica da Academia Nacional de Belas Artes, em co-autoria com Fernanda Guedes de Campos e Joana Duarte Gomes.
Em 2017, trabalhou na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, colaborando na descrição da colecção especial Horácio Novais.
De 2018 a 2019, trabalhou na Biblioteca Municipal de Almada.
Desde 2019, que trabalha como Técnica de Apoio Parlamentar na Biblioteca Passos Manuel, da Assembleia da República.
De 2020 a 2022, participou no projecto internacional Emerging International Voices, organizado pelo Goethe-Institut e pela IFLA. Deste programa surgiram dois artigos, dois vídeos sobre o projecto, e foi organizado um webinar. No âmbito do projecto, marcou presença no Congresso Internacional da IFLA em 2021 e em 2022.
Em 2022, ganhou o Prémio BAD Maria José Moura – Jovem Profissional, atribuído pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação.
Em 2023, participa no programa internacional International Librarians Networking Program da ALA – American Library Association. É voluntária no New Professionals Special Interest Group da IFLA.
Fora do âmbito profissional, foi coralista no Coro da Universidade de Lisboa, pertence a uma companhia de teatro local “A Companhia”, tendo estado responsável pela sonoplastia de 2010 a 2017 e tendo actuado nas peças: A ratoeira, de Agatha Christie, O jantar de idiotas, de Francis Véber, uma adaptação d’O casamento forçado, de Molière, e uma adaptação d’A Corda, de Alfred Hitchcock. Tem um poema publicado no primeiro número da Poetrónica. Dinamizou de 2014 até 2020 o Grupo de Leitura de Alverca, Leitura e Companhia.

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