Sob o lema “Libraries Now: Inspiring, Surprising, Empowering”, teve hoje início em Helsínquia o 78º Congresso das Bibliotecas e da Informação organizado pela IFLA.
Este primeiro dia foi dedicado à recepção dos congressistas, distribuição de documentação e estavam agendadas 44 reuniões dos comités da IFLA e 13 caucus regionais/linguísticos, entre os quais o dos participantes de língua portuguesa.
Nesta reunião tiveram presentes 7 bibliotecários de Portugal, 10 do Brasil e 1 de Angola. A sessão começou com a apresentação dos 18 participantes (segundo os presentes, a mais concorrida de sempre) e foi apreciada a presença de novos profissionais.
Discutiu-se o objectivo destas sessões, reconhecendo-se que ao longo dos anos elas têm sido pouco eficazes para uma maior representação dos profissionais de língua portuguesa na IFLA. Desta forma, sugeriu-se que os bibliotecários deveriam ter uma posição mais interventiva junto dos diferentes comités e secções desta associação.
Foi apontado que muitas vezes não existe continuidade às decisões tomadas nestes encontros admitindo-se que é necessário criar canais de comunicação e partilha entre os bibliotecários de língua portuguesa. Foi também notada a ausência da realização dos Encontros de Bibliotecários de Língua Portuguesa e, uma vez que o Congresso da BAD realiza-se já dentro de poucos meses, foi sugerido que se tentasse uma nova aproximação dos profissionais aquando do Congresso dos Bibliotecários no Brasil, que se irá realizar em Junho de 2013.
Deu-se também conta da existência de um grupo no LinkedIn chamado Bibliotecários da CPLP, enfatizando que através das redes sociais a comunicação entre os profissionais está mais facilitada.
A sessão continuou com um debate vivo sobre as mutações em curso da profissão, a necessidade de adaptação dos profissionais, e de um efectivo trabalho na divulgação da missão e serviços que as bibliotecas desempenham. De igual forma deverá apostar-se na valorização dos seus profissionais, a urgente actualização dos curricula dos cursos adaptando-os às novas necessidades de informação da sociedade em tempos marcados pela marca Google.
Conclui-se que os bibliotecários dos países de expressão portuguesa partilham das mesmas preocupações e consideram fundamental evidenciar a visibilidade, utilidade e relevância da profissão e dos serviços prestados pelas bibliotecas.
Nesta medida, existe uma grande expectativa nas conclusões deste Congresso na certeza de que este é o espaço de referência para pensar as Bibliotecas hoje.
Miguel Mimoso Correia e Bruno Duarte Eiras
em Katajanokka, Helsínquia