Com que frequência tem participado nos Congressos BAD?
O meu primeiro congresso foi em 2001, no Porto. A minha primeira impressão foi a conferência inaugural do Professor Alexandre Quintanilha, no edifício da Alfândega. Fiquei rendida. A partir daí tenho assistido sempre que me era possível, embora confesse que a distância me fez desistir algumas vezes, como aconteceu em Guimarães ou nos Açores
Como descreveria as suas experiências de participação nesses Congressos?
Como uma espécie de regresso a casa. É uma sensação de estar entre pares, de conversar com quem partilha as nossas angústias e preocupações, mas sobretudo a oportunidade de conhecer novos colegas e experiências, de encontrar caminhos para problemas comuns. É a possibilidade de discutir problemas e hipóteses com interlocutores que sabem do que falamos, que comungam dos nossos princípios e da nossa missão. É impossível não terminar o Congresso com um novo fôlego, novo ânimo, novas ideias e muito entusiasmo. E depois, há o reencontro com tantos amigos e colegas de profissão que só é possível nestas ocasiões.
Costuma apresentar comunicações? Porquê?
Apenas em 2012 e este ano. A princípio, por causa da minha investigação de doutoramento. Este ano, embora essa situação se repita, vou também apresentar uma experiência levada a cabo na “minha” biblioteca.
Em seu entender, que benefícios pode ter um profissional por participar no Congresso?
Aprender, aprender, aprender muito, renovar ideias, estabelecer laços, conhecer outros projectos e realidades, estabelecer pontes.
Todos os congressos, em si, são momentos relevantes para a nossa vida profissional. Ajudam-nos a ter uma perspectiva muito diferente da realidade. Temos oportunidade de sair do nosso pequeno mundo e relativizar as coisas. Permite-nos aferir tudo e ajustar as nossas expectativas: umas vezes percebemos que andámos distraídos e deixámos de ousar, outras vezes reconhecemos que andámos a perder tempo e recursos com projectos irrealizáveis enquanto deixámos passar oportunidades.
Lembra-se de alguma história ou episódio relevante da sua participação nesses congressos?
O momento mais relevante está para vir, está prestes a acontecer. É o Congresso de 2015, em Évora, na Biblioteca onde tenho o privilégio de trabalhar. Tenho a certeza que vai ser o melhor Congresso de sempre!
Zélia Parreira
Bibliotecária, professora e investigadora. Licenciada em História pela Universidade de Évora e pós –graduada em Ciências Documentais pela Universidade de Lisboa. É doutoranda na Universidade de Évora com o projecto de tese “A regulamentação legal das bibliotecas públicas em Portugal”. É directora da Biblioteca Pública de Évora desde Janeiro de 2014. Foi bibliotecária responsável pela Biblioteca Municipal de Moura entre 1994 e 2013. É investigadora do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora (CIDEHUS/UE) e professora assistente convidada na mesma Universidade.