As “Conversas com Norte” regressaram em outubro, depois de um momento de pausa durante o verão. O formato é o mesmo, apenas alteramos a periodicidade, que agora é bimestral.
Nesta última sessão estivemos na companhia da Maria José Vitorino, associada de longa data, que connosco veio partilhar a sua experiência profissional, que cobre uma série de áreas de interesse, mas que também passa pelas bibliotecas, em particular pelas escolares. Fortemente marcada pelo universo familiar, herdou uma cultura operária e artesã, valorizando a qualidade do profissional, daquele que reúne o conhecimento de uma arte e que ensina e partilha com o outro. Quis o destino que a sua professora primária influenciasse a sua vida, incentivando os seus pais, com muito esforço, a pagar os seus estudos e, assim, continuar os seus desígnios ávidos do saber e do fazer. O seu gosto pelas bibliotecas vem mais tarde, na sequência da sua atividade editorial numa revista, em Coimbra, onde trabalhou em conjunto com um colega, redator, e bibliotecário de profissão.
Segue-se a formação na área e tempos depois a adesão à BAD. Evidencia o papel esta associação, pela dedicação e esforço em trazer aos seus profissionais a possibilidade contacto com diversas realidades, nacionais e internacionais, e incentivar a discussão e o debate sobre a profissão, de uma forma integradora, bastante evidente com a realização regular do Congresso BAD.
No tema a debate – Sou Profissional de informação, e agora? Os desafios para nos mantermos à tona no turbilhão! – trouxemos novamente a nossa colega Luísa Alvim, mas desta vez na qualidade de Vogal da Profissão do atual Conselho Nacional da BAD. A Luísa, além de fazer uma apresentação do plano de ação da BAD para esta área, envolvendo alguns estudos, que agora começam a dar os primeiros passos, trouxe para a discussão algumas questões e reflexões sobre a profissão e as suas múltiplas valências. Há já muito tempo, que as funções do bibliotecário, do arquivista, do documentalista, do profissional de informação extravasam o universo associado à biblioteca e ao arquivo, enquanto espaço físico de atuação, e pulam na abrangência de competências, fortemente influenciadas pela demanda dos tempos em que vivemos.
A plateia esteve bastante animada mas também muito bem acompanhada, com a presença da Sílvia Cardoso que foi moderando o debate e a troca de opiniões até ao final da sessão.
Nós voltamos em dezembro. Até lá assista a esta sessão já disponível no canal do Youtube da BAD.
Pela Delegação Regional Norte da BAD, Paula Moura