Maria Eduarda Soares Monteiro Pereira Nogueira Rodrigues é associada da BAD há perto de 30 anos e valoriza inquestionavelmente a sua participação na Associação. Destaca a importância que atribui aos congressos, às publicações e à formação, mas antes do mais sublinha o facto de que “o associativismo promove a integração profissional”. Esta é a primeira de uma série de entrevistas com associados que o “Notícia BAD” passará a publicar com regularidade.
Há quanto tempo é associada da BAD?
Sou associada da BAD desde 1986, portanto há 29 anos.
Quais as razões que a levaram a associar-se?
Comecei a trabalhar na Biblioteca da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco em 1986, após ter estado como docente no ensino secundário. Possuía como habilitações literárias a licenciatura em História conferida pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Considerando a inexistência de qualquer experiência na área de Biblioteca (a não ser como frequentadora assídua das bibliotecas itinerantes da F.C. Gulbenkian) e tendo tido conhecimento da existência da BAD, pareceu-me ser o passo óbvio. Nunca me arrependi.
Ao longo de tempo, de que forma considera que a BAD contribuiu para a sua vida profissional?
Os congressos da BAD são um momento altíssimo da vida biblioteconómica portuguesa. Ao longo dos anos vimos assistindo a uma melhoria incremental dos conteúdos e do formato, revelando que a BAD é uma associação dinâmica que procura acompanhar a evolução tecnológica e que acolhe a produção científica dos profissionais portugueses, acrescentando-lhe valor. Por outro lado, os Cadernos BAD são, para mim, uma referência e um veículo de conhecimento excecional. Na área da formação a BAD tem procurado ajudar os profissionais, diversificando a formação, no sentido de ir ao encontro das principais necessidades. Para mim estes aspectos são fundamentais e têm sido marcantes ao longo de toda a minha vida profissional.
Como encara o associativismo, sobretudo nos dias de hoje?
O associativismo é fundamental para garantir a existência de um espírito de corpo em torno de uma ideia ou de uma circunstância. Através do espírito associativo é possível abrir novos caminhos e encontrar, por vezes, a salvaguarda e a coragem necessárias ao exercício, com segurança e serenidade, de uma profissão. O associativismo promove a integração profissional, social e reforça e valoriza a cidadania efetiva de quem o exerce, seja como promotor, seja como utilizador. Torna-nos mais fortes.
Que mensagem gostaria de deixar aos novos profissionais da área da Ciência da Informação relativamente ao associativismo?
Quando me tornei sócia da BAD tinha 23 anos. Foi o primeiro passo de uma carreira que já vai longa. Ao longo destes quase 30 anos, embora me tenha mantido sempre no Instituto Politécnico de Castelo Branco, desempenhei funções diversas e trabalhei com outras entidades e instituições. Fiz formação primeiro em Ciências Documentais, depois em Ciências da Informação e da Documentação. Amadureci pessoal e profissionalmente e até já sou avó. Mas continuo e vou continuar a ser sócia da BAD. É algo de que me orgulho. Sou a sócia efetiva n.º 1302. E vale bem a pena!
Nota biográfica
Maria Eduarda Soares Monteiro Pereira Nogueira Rodrigues é bibliotecária coordenadora das Bibliotecas da Escola Superior Agrária (desde 1986) e Escola Superior de Artes Aplicadas (desde 2004) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). É administradora do Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco (RCIPCB). Fundou e dirige desde 2009 a Newsletter do RCIPCB. Membro do Conselho Redatorial da Revista Agroforum, publicação semestral da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Responsável do IPCB para as questões relacionadas com a b-on e pelo Sistema de Gestão da Qualidade das Bibliotecas. Atualmente é interlocutora do IPCB junto da DGLAB no Projeto de Gestão Documental para as Instituições de Ensino Superior. Responsável institucional pelos conteúdos da Biblioteca Virtual do IPCB. Possui vários trabalhos publicados.
Licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Pós-Graduada em Ciências Documentais pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mestre em Ciências da Informação e da Documentação pela Universidade de Évora. Frequenta atualmente o Curso de Doutoramento em Ciencia de la Información e de la Comunicación na Universidade de Extremadura, Espanha.
Afiliação institucional: Bibliotecas da Escola Superior Agrária e Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Acesso ao link das instituições aqui.