A APAI constituiu-se como associação destinada ao estudo da arqueologia industrial e à proteção e salvaguarda do património industrial, em 1986. A sua atividade centra-se na proteção e salvaguarda de edifícios e conjuntos industriais, que hoje fazem parte integrante do património industrial português, quer estejam classificados ou apenas inventariados e protegidos, neste ou naquele município. Intervém numa escala nacional, e não apenas local ou regional, no campo do debate crítico sobre a arqueologia industrial e afirma-se como uma voz crítica das políticas culturais para o património português. Tem um papel relevante na formação de gerações de técnicos especializados que contribuem, quer na defesa do património industrial, quer na transmissão de saberes, bem como na formação em arqueologia industrial na Universidade.
A partir do ano 2000, mas sobretudo a partir de 2003-2004, assiste-se a uma renovação do interesse pela Arqueologia Industrial em Portugal, pela salvaguarda e conservação dos seus bens culturais e pelos museus industriais, mineiros e ferroviários. A publicação da Carta do Património Industrial, pelo TICCIH (2003), da Carta de Riga (2005) e dos Princípios de Dublin (ICOMOS, 2011) constituem uma afirmação categórica do lugar que ocupam os referidos bens culturais na sociedade globalizada, atendendo igualmente à sua integração nas listas do património mundial (UNESCO) e nas listas dos imóveis, conjuntos e complexos classificados dos diferentes países à escala mundial. Reconhece-se cada vez mais o valor dos bens culturais industriais, enquanto reserva patrimonial do futuro.
Hoje aposta na construção de uma organização que esteja em permanência ao serviço de todos aqueles que, cada vez mais, pretendem dedicar-se ao futuro da Arqueologia Industrial em Portugal e à defesa dos diversos ramos do seu património. Assim procura estimular por todos os meios a investigação, a salvaguarda, a conservação e a divulgação dos edifícios e respetiva arquitetura industrial, conjuntos, complexos, paisagens, bens da cultura técnica material e imaterial, para além das coleções museológicos ou museus constituídos ou a constituir. Em suma, tem como missão, contribuir fortemente para o desenvolvimento da Arqueologia Industrial e da Museologia Industrial.
Veja aqui o Programa da APAI para as comemorações do Ano Europeu do Património Industrial e Técnico.