A sessão do mês de abril deu primazia aos profissionais da área dos arquivos.
Na rubrica Associado na Primeira Pessoa tivemos o Silvestre Lacerda, Diretor-Geral da DGLAB, incontornável figura desta área e com uma presença associativa marcante, tendo ocupado diversos cargos nos órgãos sociais da BAD, desde vogal a Presidente do Conselho Nacional desta Associação.
No seu discurso evidencia a importância dos profissionais desta associação, do trabalho e presença das delegações naquilo que é a ação e missão da BAD. Insiste principalmente no que diz respeito ao assegurar da sua existência e continuidade enquanto associação, na importância da passagem de testemunho entre gerações, fazendo cumprir, crescer e acompanhar a demanda dos tempos, que correm a alta velocidade pelas estradas da informação.
No processo de recordar o seu percurso, sublinha o primeiro trabalho dentro desta área, na Câmara de Vila Nova de Gaia, posteriormente a sua passagem pelo Arquivo Distrital de Vila Real e, mais tarde, a entrada naquela que seria a sua casa por vários anos – o Arquivo Distrital do Porto (ADP). Enquanto técnico do ADP, acompanhou a criação do Centro Português de Fotografia, no final dos anos 90, realçando a importância da sua grande mentora, Teresa Siza.
Menciona alguns dos colegas que o acompanharam nesta jornada profissional, como é o caso de Maranhão Peixoto, Eloy Rodrigues e Manuel Luís Real, presentes nesta 14ª sessão.
Termina com uma pequena nota relativa ao Plano de Resolução e Resiliência (PRR), partilhando connosco algumas linhas de orientação da DGLAB que serão do interesse de todos.
Seguiu-se a apresentação do tema a debate: “Arquivos de Família – urgência da preservação da memória”, apresentado pela colega Cristiana Freitas, responsável pelo Arquivo Municipal de Ponte de Lima. A Cristiana deu-nos a conhecer todo o trabalho que tem vindo a desenvolver no Arquivo Municipal de Ponte de Lima, no que toca aos arquivos de família. Desde 2012 que deu início a uma série de protocolos entre o município e as famílias detentoras do património, promovendo assim a salvaguarda, tratamento e disponibilização destes valiosos pedaços de história do município.
O processo de tratamento passa por um conjunto de etapas que vão desde a descrição dos documentos, o acondicionamento, a sua digitalização e, por fim, a disponibilização online, no catálogo do arquivo deste município – condição obrigatória para a realização do protocolo.
A existência e a manutenção desta iniciativa tem sido possível graças ao desenvolvimento de projectos candidatados a programas de financiamento, pois de outra forma seria inviável a sua prossecução.
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Nós regressaremos em junho com uma edição especial destas Conversas!