Como sinto que fui sempre eu quem mais recebeu, creio que serei eu a ter de encontrar uma forma de dar um pouco mais de mim à BAD.

SILVANA ROQUE DE OLIVEIRA

Há quanto tempo é associada da BAD?
Juntei-me à BAD em 2007, há 16 anos, quando estava a terminar o Curso de Especialização em Ciências da Informação e Documentação na FCSH-UNL, durante o qual frequentei bastante a sua biblioteca.

Silvana Roque de Oliveira
Silvana Roque de Oliveira

Em três adjetivos, como tem sido esta “relação “?
Para mim tem sido estruturante, inspiradora e sempre muito afectuosa.

Numa frase, como convenceria alguém a associar-se à BAD?
Contarmos com uma estrutura colectiva – a BAD -, que é de todos nós, para todos nós, onde temos oportunidade de ouvir e de nos fazermos ouvir, de aprendermos e partilharmos práticas e conhecimentos, e de lutarmos pela contínua valorização da nossa profissão e pela difusão dos seus valores éticos, é uma enorme riqueza, que nenhum caminho solitário pode substituir. Juntos somos mesmo muito mais fortes!

Como associada, o que a BAD ainda não tem para lhe oferecer? 
Como sinto que fui sempre eu quem mais recebeu, creio que serei eu a ter de encontrar uma forma de dar um pouco mais de mim à BAD. Os projectos comunitários, como os construídos através das associações, não são feitos para esperarmos por novos serviços, ideias ou ofertas, mas para nos envolvermos juntos na sua criação.

Que mensagem gostaria de deixar aos novos profissionais relativamente ao associativismo?
Sabemos como o trabalho cooperativo é uma das pedras angulares dos profissionais da informação e da documentação, por isso o associativismo ganha entre nós uma importância acrescida, vital – o associativismo está no nosso ADN, como meio de fortalecermos as nossas linguagens e práticas comuns, bem como o nosso papel social.
Se olharmos para as conquistas alcançadas ao longo das várias gerações de profissionais, depressa percebemos como foram sempre impulsionadas pelo trabalho incessante das associações, um pouco por todo o mundo, quer na criação de orientações e normas técnicas, na luta por legislação que dignificasse as carreiras, assegurasse formação específica e garantisse bons serviços, ou na defesa constante de compromissos éticos que fortaleceram as nossas sociedades democráticas, garantindo-lhes acesso livre e universal a informação de qualidade.
No caso português, recebemos o legado de 50 anos de história da BAD, a mais antiga associação profissional da nossa área, que, de forma corajosa, desbravou e consolidou um caminho que tem de continuar a ser trilhado em conjunto, sob pena de sucumbirmos às diversas ameaças que são colocadas à integridade dos nossos perfis profissionais e ao pleno alcance que almejamos para os nossos serviços de informação e documentação.


Nota Biográfica

Silvana Roque de Oliveira, nasceu em Lisboa, em 1972. É investigadora integrada do CHAM – Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (NOVA), investigadora colaboradora do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra (UC) e formadora da BAD, desde 2013.u003cbru003eFoi docente convidada na UC, em 2019-2020, e na NOVA, entre 2008-2016. Entre 2010 e 2012 foi coordenadora técnico-científica do projecto de tratamento documental da Biblioteca José Mattoso, numa parceria entre o Centro de Arqueologia de Mértola, o Mestrado em CID e o Instituto de Estudos Medievais da NOVA-FCSH. Participou em projectos na área da História e da CI e também exerceu funções de assessoria no CHAM. Outra área de actuação foi a edição científica.u003cbru003eÉ doutorada em Ciência da Informação pela UC, tendo sido atribuído o Prémio Raul Proença 2022 à sua tese sobre a Ciência da Informação em Portugal (1989-2016), numa perspectiva bibliométrica. Concluiu o Curso de Especialização em Análise de Dados e Visualização de Informação (NOVA, 2022), o DEA em Documentação na Universidade de Alcalá (2010), o Mestrado em História e Arqueologia da Expansão Portuguesa (séculos XV-XVIII) (NOVA, 2009), o Curso de Especialização em Ciências da Informação e Documentação (NOVA, 2007) e a Licenciatura em História (NOVA, 1994).

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