Há quanto tempo é associada da BAD?
(Pausa, Riso!) Confesso não saber… Creio que me tornei associado em 2012 ou 2013…
A minha aproximação à BAD deu-se de uma forma gradual. Trabalhava, e trabalho ainda na Rede de Bibliotecas Escolares, e a Maria José Vitorino foi o rosto da BAD para mim. Foi ela, com o seu testemunho, creio que em 2008 ou 2009, que me deu a conhecer a existência da Associação. Aos poucos fui conhecendo outros associados: O Fernando do Carmo, a Ana Paula Gordo, a Maria José Moura com que fui tendo alguns diálogos e que me foi desafiando para um maior envolvimento com a BAD, o Pedro Príncipe, o José António Calixto com quem trabalhei em conjunto no âmbito das Bibliotecas Escolares e tantos outros…
Fui-me envolvendo a foi-me pedido para, em conjunto com a Isabel Antunes e a Maria José Amândio, para coordenarmos o Grupo de Trabalho das Bibliotecas Escolares, creio que em 2012 ou 2013. Nessa altura, tornei-me associado BAD.
Em três adjetivos, como tem sido esta “relação “?
Paciente: O tempo de conhecimento e de namoro, anteriormente descrito;
Sincero, embora o compromisso nem sempre seja fácil de manter a níveis elevados face a tantos e tantos desafios profissionais que enfrento.
Genuíno: procuro um caminho pessoal e verdadeiro. Sei que tenho uma profissão e que tenho compromisso sério com ela. No entanto, a BAD vai-nos apaixonando, vamos aceitando este e aquele desafio e vamos arranjando tempo que suponhamos não ter. Vai-se fazendo caminho e, ao olhar para trás, vamos que há genuidade, sinceridade e compromisso.
Como uma vez me disse a Maria José Moura: “se procurar alguém para uma equipa, escolhe alguém ocupado!”
Numa frase, como convenceria alguém a associar-se à BAD?
Hum, essa é difícil… Creio que o faria ver que uma coisa é exercer uma profissão e ter colegas de trabalho e uma direção que apoia muito ou pouco o trabalhador.
Ser associado de uma associação profissional é um “plus”. É entrar numa relação com pares que abrem o horizonte pois não se limitam aos colegas de trabalho. É todo um país e uma multiplicidade de profissionais de informação das mais diversas áreas com que tem possibilidades de dialogar, fazer caminho e aprender. É ter acesso a múltiplos pontos de vista que uma relação de trabalho não te poderá dar. É ter mundo!
Embora não seja cliente da formação BAD, penso que esta é uma boa oferta!
Como associada, o que a BAD ainda não tem para lhe oferecer?
Falta um acesso rápido à história do percurso da Associação: as suas conquistas, uma biografia de alguns profissionais marcantes. Uma certa cadência nas publicações. Um diálogo mais próximo com os associados através de uma estratégia de comunicação. Há muita coisa que a BAD faz e não se sabe e que devíamos saber, pois tínhamos maior noção da força da associação a que pertencemos!
Que mensagem gostaria de deixar aos novos profissionais relativamente ao associativismo?
Cresci num tempo em que o associativismo era natural pois era pré-adolescente por alturas do 25 de Abril. Impressionou-me o dinamismo do movimento associativo português. Esses tempos passaram e, com o declínio do associativismo, pensou-se ou pensei que teria deixado de fazer sentido a existência de associações profissionais. Nada mais errado. O Associativismo é essencial para que se pense e repense a profissão (um bom exemplo é o congresso BAD) . Não se nasce profissional, vamo-nos fazendo profissionais em conjunto com os pares e com a reflexão que vamos fazendo sobre ela, descobrindo novos rumos e deitando fora o que é para deitar. Depois e não mesmo importante é a força que a BAD tem no diálogo e nas negociações com a sociedade civil e com os eleitos.