
O Estado Central deve ser também o principal dinamizador no Estabelecimento de redes de contactos e parcerias, com a criação de uma verdadeira Rede Nacional de Leitura Pública de forma a estimular o intercâmbio e a abertura ao exterior, possibilitando a circulação de informação e a co-organização de iniciativas.
Numa altura de forte contenção orçamental, não se podem deixar morrer instituições que são pontas de lanças na divulgação e animação cultural da comunidade local, assumindo o seu papel de mediação e de aproximação a públicos alargados, mediante a proliferação de iniciativas, directa ou indirectamente relacionadas com o livro, instrumento essencial na educação humana e na busca do conhecimento diário.
Em suma, as bibliotecas públicas devem assumir uma postura de intervenção social activa, assumindo o seu estatuto de biblioteca pública, com a responsabilidade de uma acção territorialmente delimitada, aberta às dinâmicas sociais emergentes, dirigindo energias para a fidelização e alargamento de utentes numa óptica de desenvolvimento democrático, mas não podem fazer isso sem a devida sustentação económica ou o apoio politico, tão distante das realidades culturais.
Luís Santos