ConversasComNorte

Esta sessão foi iniciada de forma diferente, com o intuito de introduzir um pequeno momento de partilha de assuntos, tópicos, dicas de leitura que poderão ser do interesse da nossa plateia. Assim, apresentamos o novo número da newsletter, mas também informamos acerca do plano de formação desta associação, para os meses de março e abril, já disponível no local do costume, no Notícia BAD.

Para a rubrica: Associado na Primeira Pessoa, convidamos a Professora Maria Manuel Borges, Diretora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Universidade de Coimbra. A conversa levou-nos pelas águas calmas do seu discurso, ritmada pela cadência das palavras e pela serenidade da sua voz. A descoberta desta área, das bibliotecas, revelou-se-lhe por mero acaso, associado ao gosto exacerbado pela leitura e pelos livros. Da Filosofia herdou a visão holística, o espírito crítico e a capacidade argumentativa, já o gosto e a descoberta pela área das Ciências Documentais, surgiram fruto de uma vontade de continuar os estudos. Destes tempos, do ingresso na prós-graduação em Ciências Documentais, recorda-se de dois anos intensos, com muita informação para processar.

Passou pela Biblioteca da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica, onde viveu experiências novas e contactou com o universo das Ciências Exatas, mas também se foi apercebendo das assimetrias no acesso à informação. Passados uns anos estava a ingressar na carreira docente na Universidade de Coimbra, tendo como farol os cânones do Acesso Aberto à informação científica e a transição para a Ciência Aberta.

Pelo caminho acompanhou, auxiliou na sua criação e viveu na primeira pessoa, todo o processo de evolução e transformação desta área da Ciência da Informação, que agora ocupa um lugar junto das outras ciências, passível de ser estudada, investigada e de ter um valor transformador onde a reprodutibilidade da ciência é uma premissa.

Na segunda parte da sessão fomos acompanhadas por duas entusiastas e profissionais da leitura pública, a Ana Carneiro da Biblioteca Municipal de Ponte de Lima, como comentadora e a Inês Vila, das Bibliotecas do Município do Porto, que veio partilhar connosco a sua experiência, na implementação de um espaço maker numa biblioteca pública. Fazendo juz de que a única forma de acesso ao conhecimento, não é realizada apenas a partir dos livros e de que as bibliotecas são mais do que espaços de armazenamento de documentos, a Inês fez a verdadeira apologia do culto dos espaços de interação, de confluência, de descoberta e aprendizagem que as bibliotecas podem representar.

Das inúmeras atividades e iniciativas que já se realizam nas bibliotecas públicas, onde os atores (livro, documentos, utilizadores) se misturam para dar corpo a uma história, a uma partilha ou processo de aprendizagem, os espaços maker representam mais uma vontade de dar forma a outras necessidades latentes na comunidade: espaços de experimentação, de criação dos seus próprios trabalhos. Se tem curiosidade sobre este tema e pretende ter algumas dicas sobre como implementar um espaço maker, no seu serviço, veja ou reveja no canal do Youtube da BAD esta sessão – https://youtu.be/7VZpnOpSdCE

Esperamos por si para estas e outras “Conversas”!

A Delegação Regional do Norte

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