Quantas vezes necessitou de recorrer a informação técnica para esclarecer ou fundamentar questões profissionais e teve dificuldade em localizar documentação pertinente?
E quantas vezes se questionou se outros colegas ou bibliotecas teriam passado por situações análogas e experimentado soluções?
Por outro lado, poderá também ter criado o seu próprio repositório pessoal, ou ter-se deparado com informação interessante que gostaria de partilhar com os colegas.
Para tentar dar resposta a estas questões o Grupo de Trabalho das Bibliotecas Públicas, através da subcomissão Gestão de Documentos, iniciou um processo de recolha de documentação técnica relevante, que pretende que seja colaborativo e o mais alargado possível.
Para esse efeito criou um formulário disponibilizado aqui que permite, de uma forma simples, a identificação dos documentos tendo em vista a sua divulgação e facilidade de acesso junto da comunidade profissional. Para além da descrição bibliográfica do documento e respetivo link de acesso, o formulário prevê ainda informação sobre o interesse na sua eventual tradução, caso estejam redigidos noutra língua, que não o português.
A tipologia de documentação pretende ser muito abrangente e diversificada, desde diretrizes e linhas orientadoras produzidas por instituições de referência (IFLA, EBLIDA, Associações Profissionais), mas também recursos disponíveis online que os colegas possam considerar interessantes (vídeos, podcasts, artigos, relatos de experiências, comunicações …).
O preenchimento do formulário é simples e rápido. Experimente e colabore! Juntos fazemos mais e melhor.
Produção académica sobre Bibliotecas Públicas
Este mês destacamos uma dissertação de mestrado apresentada na Universidade de Lisboa, no âmbito do mestrado em Ciências da Informação e Documentação. Bookstagram : uma nova forma de cativar leitores : os casos dos Estados Unidos da América e Portugal, foi o tema escolhido por Cláudia Catanho, sob orientação do Professor Carlos Guardado da Silva.
Embora a dissertação se debruce essencialmente sobre a problemática da venda de livros, consideramos que aqui reside, por analogia, uma oportunidade a aproveitar pelas Bibliotecas Públicas. Cada vez mais, os públicos das redes sociais são segmentados por interesses, práticas e formas de utilização da informação. Muitas bibliotecas já dispõem de página na rede Facebook, mas quantas são utilizadoras do Instagram?
Trata-se de uma rede em que a imagem adquire um peso bastante mais significativo e pode determinar, numa fração de segundo, se o que é retratado tem ou não interesse. É, por isso, uma rede mais jovem, dinâmica, atual. Serão as nossas bibliotecas instagramáveis? E que benefícios poderemos colher daí?
Resumo:
O mundo em que vivemos está cada vez mais digital, o que obriga as empresas a repensar as suas táticas de marketing, e as indústrias livreiras e editoriais não são exceção. Com a ameaça do comércio digital, em concreto a Amazon, e com o surgimento dos e-books, as indústrias editorial e livreira tiveram que adaptar a forma como divulgam e vendem os livros. Estando a comunidade literária digital bookstagram – um conjunto de perfis que ativamente promovem a leitura, cativando assim novos leitores – inserida na rede social Instagram, e contando com mais de 44 milhões de publicações com esse hashtag, pode ser considerada como uma forte ferramenta de marketing, que quando reconhecida e apoiada pelas editoras e livrarias, pode auxiliar na divulgação e no consequente aumento das vendas de livros. Utilizando uma metodologia de estudo de caso descritivo, sendo esta complementada com recolha de dados secundários, observação direta e entrevistas, temos como objetivo compreender como pode uma comunidade literária digital, como o Bookstagram, influenciar o mercado editorial, utilizando as realidades americana e portuguesa como bases. Pretende-se compreender como as novas tecnologias podem influenciar os comportamentos não só dos atuais leitores, como também dos futuros. Além disso, consideramos também fulcral compreender como o mercado editorial está a adaptar-se a este mundo cada vez mais digital, e de que forma usam estas plataformas sociais para o seu benefício. Esta análise de duas realidades tão distintas oferece-nos bases de comparação entre os Estados Unidos da América e Portugal, tornando assim possível contemplar o que pode ser mudado ou aperfeiçoado a nível nacional, no que diz respeito ao marketing digital e à forma como Portugal utiliza as ferramentas digitais e comunidades como o bookstagram para divulgar tanto a literatura portuguesa como a literatura como um todo. Realizada a análise, concluímos que, ao contrário dos Estados Unidos da América, Portugal ainda não tira proveito da comunidade bookstagram como meio de divulgação, resultando anualmente numa quebra do número de livros vendidos.
Aceda aqui ao Link de acesso!
O Grupo de Trabalho das Bibliotecas Públicas da BAD