“Num tempo em que o individualismo predomina, pertencermos à BAD reforça o sentimento de grupo” Entrevista a Clara Pavão Pereira

“… A BAD é uma Associação com História, fundada com coragem em 1973”

CLARA PAVÃO PEREIRA

– Há quanto tempo é associada da BAD?

Clara Pavao Pereira

Tornei-me associada da BAD quando concluí o Curso de Especialização em Ciências Documentais em Arquivo pelo que, não conseguindo precisar, diria desde 1991, há 34 anos.

– Em três adjetivos, como tem sido esta “relação “? 

Amigável, Confiável, Estável.

– Numa frase, como convenceria alguém a associar-se à BAD? 

A BAD é uma Associação com História, fundada com coragem em 1973, mas com um percurso anterior pela afirmação do estatuto sócio-profissional de Bibliotecários e Arquivistas, que tem procurado a relevância e defesa dos profissionais da Informação e do seu papel na Sociedade. Ao associarmo-nos à BAD fomentamos a troca de experiências e saberes com interlocutores que falam a mesma língua, além de dispormos de formação, grupos de trabalho e programas de mentoria, tornando-nos mais sabedores e eficazes.

– Como associado, o que a BAD ainda não tem para lhe oferecer? 

Genericamente a BAD responde às minhas necessidades, mas talvez sinta a falta na formação contínua de alguns cursos com especialistas, nacionais ou internacionais, abordando novos desafios para a nossa profissão como a Inteligência Artificial, por exemplo.

– Que mensagem gostaria de deixar aos novos profissionais relativamente ao associativismo?

Num tempo em que o individualismo predomina, pertencermos à BAD reforça o sentimento de grupo, contribuindo para o nosso crescimento enquanto “Classe” na qual o rejuvenescimento se verifica como indispensável. Juntos somos mais fortes.

Nota Biográfica

Nasci em Lisboa em 1964. Licenciei-me em História, em 1988, na NOVA FCSH. Conclui a Pós-Graduação em Ciência Documentais, Opção de- Arquivo, em 1991, na FLUL. Trabalho em Arquivos desde 1987. Entre 1987 e 1999 no Arquivo Histórico Municipal de Cascais, do qual fui responsável entre 1989 e 1999. Desta experiência relevo a ligação à História e investigação. Simultaneamente, entre 1988-1989 e na sequência do Curso de Técnicos Auxiliares de Arquivo, promovido pela BAD e Associação de Professores de História, trabalhei no Instituto Português de Arquivos com Ana Franqueira e Madalena Garcia, no tratamento dos “Arquivos da Amora”.
Entre 1999 e 2008 fui Arquivista na SIC, novamente sob coordenação de Ana Franqueira, destacando o tratamento de material audiovisual, a substituição de suportes e a constante inovação tecnológica.
Entre 2009 e 2021 fui Arquivista no CHULC, Centro Hospitalar de Universitário de Lisboa Central, sendo responsável pela Unidade de Informação e Arquivo entre novembro de 2010 e 2021. Nos Arquivos da Saúde sublinho as questões da privacidade e da proteção de dados.
Desde abril de 2021 sou Arquivista no Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.
Participei em diversos encontros e congressos na área de Arquivo, tanto como assistente, bem como oradora, com trabalhos publicados neste âmbito.
Na BAD, fui membro dos Grupos de Trabalho de Arquivos de Família, Pessoais e Espólios e Arquivos Municipais e integrei o Conselho Diretivo Nacional, no triénio 1996-1999, como Secretária e no triénio 1999-2001, como Vogal Editorial.

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