A 6 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Preservação Digital, uma efeméride internacional promovida pela Digital Preservation Coalition que visa sensibilizar para a importância da preservação da informação digital a longo prazo. Em Portugal, a Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação (BAD) tem desempenhado um papel ativo na promoção de boas práticas e na capacitação dos profissionais da área.
Entre as iniciativas mais relevantes em 2025, destaca-se o trabalho do Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GTAM), que organizou duas tertúlias dedicadas à preservação digital. A primeira abordou os principais desafios e referenciais, enquanto a segunda reuniu profissionais dos municípios de Lisboa, Aljezur, Portimão e Albufeira para a partilha de experiências e boas práticas.
O GTAM encontra-se a desenvolver um documento orientador para apoiar os municípios na elaboração dos seus Planos de Preservação Digital, alinhado com as recomendações da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB), nomeadamente a Portaria 112/2023 e o documento técnico “Recomendações para a produção de planos de preservação digital”.
A preservação digital foi igualmente tema nas 5.ªs Jornadas Open Source, realizadas em abril de 2025 na Universidade Portucalense. O evento, promovido pela BAD em parceria com a universidade, incluiu apresentações, como a da Universidade de Aveiro e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, sobre práticas de preservação digital, reforçando a ligação entre tecnologias abertas e a sustentabilidade da memória digital.
Outro destaque foi a colaboração da BAD com a Semana Internacional dos Arquivos, promovida pela Universidade de Aveiro em junho de 2025. A programação incluiu webinars, sessões de digitalização e o simpósio “Arquivos Acessíveis: Preservar, Aceder, Democratizar”, com a participação de especialistas nacionais e internacionais. Esta iniciativa reforçou o papel dos arquivos como espaços inclusivos e fundamentais para a cidadania e a memória coletiva.
Estas ações demonstram o compromisso da BAD e dos seus grupos de trabalho com a construção de uma cultura de preservação digital robusta, colaborativa e alinhada com os desafios tecnológicos e legais da atualidade.
