Na passada terça-feira, dia 14 de Agosto, o dia começou com a sessão The dual mode of scholarly communication, challenges and oportunities for librarians, libraries and the profession.
Não me foi possível estar logo no início da sessão, nem notei que esta tivesse sido particularmente referida nas redes sociais para poder apanhar o atraso. Tampouco encontrei referências à mesma no Google, excepto para a ligação do Congresso da IFLA, e cujas comunicações, até à data, ainda não estão disponíveis para consulta.
Esta sessão durou toda a manhã e debateu o Open Access (OA), um assunto que esteve sempre na agenda e nas conversas de corredor dos bibliotecários de instituições de ensino superior.
Existe a forte convicção de que as bibliotecas, os bibliotecários e as associações tiveram um papel decisivo no desenvolvimento do OA, que começa a estar presente na ordem do dia em vários países (referiu-se o Fitch Report, na Inglaterra, a Petição à Casa Branca e os Programa Quadro de financiamento da UE que pretendem tornar livre o acesso a qualquer artigo publicado resultante de financiamento público.
A comunicação académica neste momento começa a estar sustentada de modo bidirecional, através de subscrições e OA. No entanto, não há evidências de que os preços das subscrições diminuam ou que os orçamentos das bibliotecas subam, muito pelo contrário.
Que competências, qualificações são necessárias para gerir publicações em OA? Como gerir a comunicação académica baseada em subscrições e OA? Terão autonomia para o fazer? Como podem reduzir custos? Como deve ser desenvolvida uma infraestrutura e sustentabilidade destes modelos de negócio numa altura em que o OA cresce substancialmente? Estas foram algumas questões que procuram ser debatidas nesta sessão.
Consultar estas comunicações em: http://conference.ifla.org/ifla78/session-120
Da parte da tarde, tive oportunidade de ver uma excelente apresentação sobre o Worldshare da OCLC. O Presidente e CEO desta organização, Jay Jordan explicou a estratégia a longo prazo da OCLC em matérias como o cloud computing e o webscaling e que permitirá libertar dados, por exemplo, para a criação de aplicações móveis.
A terminar o dia, assisti à sessão The influence of new development of information technology on professional development in libraries. Esta sessão, muito concorrida por sinal, pôs em evidência uma série de estudos conduzidos especificamente para os profissionais de informação e a avaliação de programas de formação para estes e de que forma isso alterou os seus comportamentos no seu local de trabalho e na sua relação com os utilizadores. Destaco a apresentação do Michael Stephens cujo programa de formação em ferramentas da Web 2.0 e cujo powerpoint pode ser acedido aqui.
Consultar comunicações em: http://conference.ifla.org/ifla78/session-150
Miguel Mimoso Correia
em Kampen, Helsínquia