No momento em que muitos colegas comemoram algumas datas bem significativas para a profissão, é mais um motivo de regozijo podermos hoje falar de conquistas que, durante bastantes anos, pareciam metas difíceis de alcançar, mas pelas quais a BAD sempre se bateu, atendendo ao desenvolvimento de qualificações que as mesmas representavam e pela sua própria importância e até simbolismo no domínio da ciência e da investigação, num meio profissional insuficientemente reconhecido e valorizado na sociedade em que nos inserimos, o que continuamos, muito justificadamente, a lamentar ainda hoje.
É, pois, com grande satisfação que aproveitamos o momento para informar que a nossa colega e habitual colaboradora da BAD, Fernanda Maria Guedes Campos, se doutorou a 29 de Novembro último, na FCSH-UNL, tendo obtido a classificação de Muito Bom, com uma tese sobre “Bibliotecas de História: Aspectos da Posse e Uso de Livros em Instituições Religiosas de Lisboa, nos Finais do Século XVIII“. Na semana anterior, na mesma Faculdade e com igual classificação, também Maria Luísa Cabral tinha defendido a sua tese sobre “Património Bibliográfico e Bibliotecas na Construção da Identidade Colectiva. Entre um conceito e o seu desenvolvimento, 1750 – 1800“.
Gostaríamos de lembrar ainda que, em anos recentes, várias outras colegas também terminaram o seu doutoramento, nomeadamente Ana Novo, Graça Pinto, José Saro, Leonor Gaspar Pinto, Luiza Mello, Manuela Cardoso, Maria João Amante, Margarida Cunha Seixas, Maria do Carmo Dias, Paula Ochoa e Cristina Freitas e, pelo menos mais três têm já marcadas as datas das suas provas.
Foi um movimento – e nesta expressão estabelecemos alguma espécie de simetria com o início dos Cadernos – que pretendemos saudar especialmente, atendendo ao apoio que dele resultou para o desenvolvimento e consolidação da actuação da BAD: queremos recordar, simbólica mas merecidamente, só dois dos que antes já se tinham atrevido nesse árduo caminho, o José António Calixto e a Manuela Barreto Nunes. Mas outros mais jovens o irão agora certamente continuar!
Maria José Moura