Este I Encontro teve lugar em Castro Verde no passado dia 23 de Janeiro, e teve como momento principal a reconhecida homenagem a Cláudio Torres, Diretor do Campo Arqueológico de Mértola, pelo trabalho realizado nesta Vila, nas áreas da arqueologia, museologia e valorização do património, que influenciou, e influencia, muitos dos técnicos que atualmente se encontram a trabalhar nas unidades museológicas que integram esta Rede.
O homenageado fez uma interessante apresentação intitulada “olhares da museologia de ontem e de hoje” em que abordou conceitos e práticas realizadas no Concelho de Mértola ao longo dos últimos 30 anos.
Na segunda parte foram debatidos dois temas importantes em termos da prática museológica: o trabalho em parceria e o diálogo multidisciplinar.
No primeiro painel, “As redes de museus em debate – experiências e caminhos (novos e velhos)”, foram apresentadas as ações desenvolvidas pelas Redes de Museus do Distrito de Beja, do Algarve e do Alentejo, tendo Clara Camacho finalizado com a apresentação de um interessante apontamento sobre as experiências europeias das Redes Regionais de Museus.
O segundo painel, “Formas de representação e novos diálogos museológicos – o confronto material/imaterial” contou com a participação de representantes do Museu da Luz e da Casa do Cante (Serpa), da Diretora Regional de Cultura do Alentejo e do Diretor do Departamento do Património Imaterial da DGPC, tendo sido debatidas questões relacionadas com o património imaterial, ao nível dos conceitos, a sua relação com as unidades museológicas e, num sentido mais lato, a sua relação com dinâmicas de preservação e valorização do património cultural.
Este primeiro encontro inicia um novo ciclo de atividades da Rede que pretende levar a cabo, entre outras ações, encontros anuais que permitam a discussão de temas de interesse para os técnicos e para as unidades museológicas da região, o que vem ao encontro daquilo que são os objetivos de criação da RMDB que tem como principal mote a partilha, a parceria e a troca de experiências entre os técnicos dos museus que a integram. Pretende-se que as experiências museológicas do Distrito de Beja atinjam um caráter de excelência e cumpram com todas as funções museológicas, ao mesmo tempo que contribuem para a valorização e divulgação do património e para a criação de laços com os membros da comunidade onde se inserem.
Lígia Rafael (Rede de Museus do Distrito de Beja)